O Quinta-Sama de hoje vai deixar muita gente feliz, principalmente nosso leitor Flavio Lamas que está por dentro de tudo que envolve notícias relacionadas à Visual-Novels. Ainda bem menos conhecidas no Brasil como mangás e light-novels, estes tipos de histórias são daquelas que tudo depende de você para ter um final feliz.
Apesar disso, as visual-novels renderam ótimas adaptações em light-novels (livros), mangás (quadrinhos) e animes. Hoje vamos conhecer um pouquinho dessas obras.
O nome pode não parecer muito conhecido por aqui, mas entre os fãs de animes e cultura japonesa, vulgo otakus, é um termo bastante comum. Quem acompanha esse universo com frequência e procura saber mais do que o basicão (do tipo, mangás do Naruto ou One Piece) sabe bem o que significa o termo Visual-Novel.
O que é Visual-Novel?
Segundo o Wikipedia.pt:
Visual-novels (ビジュアルノベル, bijuaru noberu) é um gênero de jogos de videogame e PC bastante comum no Japão.
São jogos focados no enredo, nos quais o jogador acompanha uma história por meio de textos, músicas e imagens, e, em alguns raros casos, cenas gravadas com atores reais. Em momentos-chaves desses jogos o jogador deve decidir que caminho o protagonista deve seguir e, desta forma, o jogo avança. O desenvolvimento da trama destes jogos costuma depender das escolhas que os jogadores fazem durante o jogo. São como filmes ou livros interativos; daí o nome “visual novel”.
Obs: E o porquê da Wikipedia? Porque eles também tem uma personagem própria assim, a Wikipe-tan:
Se fizermos uma comparação, Visual Novels seriam algo como os adventures do oriente. A grande diferença é que esse tipo de jogo tem uma enorme aprovação do público japonês, tanto é, que mais de 70% dos jogos lançados para PC são desse gênero. Mas antes que você, um fã louco de adventures resolva embarcar para o Japão, calma lá! Os dois são apenas parecidos e não iguais. Ambos são games parados e com pouca ação, porém as Visual-Novels conseguem ser bem mais estáticas do que os seus parentes ocidentais. Enquanto os adventures ainda permitem ao jogador tocar nos objetos do cenário e, portanto, oferecem alguma “liberdade” de exploração. A sua contraparte oriental é um pouco diferente nesse ponto, tendo uma jogabilidade quase sempre limitada a incontáveis e incansáveis dialógos, que para piorar estão todos em japonês, com os mais diversos kanjis (sério! vertigem é pouco!).
Até aqui parece chato, mas vamos à parte legal. Esse tipo de jogo já é programado com vários roteiros, ou seja, o enredo tem um começo básico, mas sua continuidade e desfecho dos arcos, das situações e das histórias vão depender de você mesmo, o jogador.
Por dentro do jogo:
Daqui nós vamos entrar naquela famosa relação filosófica “Passado > Presente > Futuro” que nos casos das visual-novels tem mais a ver com a relação lógica “Presente > Passado > Destino”, mas sem descartar a anterior.
Geralmente, as histórias são narradas pelo jogador principal que está vivendo algum momento da vida dele, como por exemplo, iniciar um certo ano letivo na história (Presente). Nisso, ele acaba se envolvendo com outras pessoas (neste caso, fazendo amizades com outros alunos). Desde então, vão surgir diversos diálogos entre os personagens e várias e várias alternativas a serem escolhidas. Cada uma das escolhas feitas pelo jogador vai mexer com o enredo.
Abaixo, você tem 3 exemplos de desfechos na VN Ushinawareta Mirai wo Motomete, onde o protagonista sai com uma personagem diferente:
Lembrando: No anime que terminou foi ao ar entre Outubro a Dezembro de 2014, só foi seguido um dos roteiros. Qual deles que foi? Bom, aí você vai ter que assistir!
Em um ponto da história, surgem alguns “desafios” e muitos relacionados com o passado do jogador e das pessoas com que ele se envolveu. É a partir dai que o jogador vai conhecendo o desfecho de um arco ou da história, pois através das escolhas que ele já fez, ele tem que usar a lógica e dai em diante para não ter um final triste, um desfecho violento ou alguma outra surpresa inesperada, na tentativa de buscar aquele Happy End!
É mais ou menos aquela filosofia de que o futuro pode ser alterado, mas não tem como fugir de seu passado e seu destino.
Conteúdo:
Nas características gráficas, costumam ser compostas por um fundo genérico, referente ao cenário onde determinado fato ocorre, junto da sprite das personagens que estão no ponto de vista do narrador e, em certos momentos especiais, CGs: imagens mais detalhadas que foram desenhadas especialmente para definir os elementos da cena em questão, normalmente são armazenadas e, inclusive, algumas são desbloqueáveis, o que motiva rejogá-lo e tentar tomar diferentes decisões.
Muitas Visual-Novels são centradas em temas românticos, embora outros temas como ficção científica, fantasia e terror não são muito raros.
Além de cenários muito bem feitos e personagens que geralmente são muito bem desenhados e dublados pelos seiyuu’s mais populares do Japão, ainda assim algumas visual-novels acabam tendo readaptações para um conteúdo mais de fanservice com cenas mais picantes (os famosos eroges), em sua maioria estas são produzidas por grupos amadores ou de menor conhecimento do publico.
E isso é bom?
Diferente de uma light-novel, um mangá ou até mesmo um anime em que o personagem da história já tem seu destino pré-definido, as visual-novels são repletas de alternativas (bem como as do próprio jogo).
Um exemplo é Clannad, uma série que cada uma das personagens que o protagonista se envolve tem um background muito bem elaborado e que de algum modo mexe com o presente da história. Daí é onde ele tem que escolher as alternativas certas (embora não há alternativas erradas) para que o arco dessa personagem tenha um final feliz.
A aceitação deste tipo de jogo é muito grande no Japão e em países da Ásia. Mas para o lado de cá do planeta, apesar de termos um grande número de séries de visual-novels conhecidas, ainda possuem um público bem pequeno. No Brasil, elas se tornaram mais conhecidas após os lançamentos de suas adaptações em animes (por exemplo: Tsukihime, Fate/Stay Night, Clannad). Ainda assim, há um público que consegue adquirir os jogos para os consoles e PC’s e passam horas tentando abrir todos os roteiros da história.
Recentemente, o Steam está disponibilizando em seu acervo algumas séries muito populares pelo mundo e que renderam ótimas animações, como por exemplo, Clannad e Grisaia no Kajitsu. Eu particularmente tenho vontade de jogar estas duas séries, já que eu gostei muito de suas adaptações em animes (Quem sabe quando eu acabar a faculdade).
Alguns dos títulos mais conhecidos de visual-novels são:
- Air (KEY Visual Arts)
- Amagami (Enterbrain)
- Angel Beats (KEY Visual Arts)
- Clannad (KEY Visual Arts)
- Corpse Party (Team GrisGris)
- Fate/Stay Night (Type-Moon)
- Grisaia no Kajitsu (Front Wing)
- Higurashi no Naku Koro ni (07th Expansion)
- Kanon (KEY Visual Arts)
- Kimi ga Nozomu Eien (âge)
- Little Busters! (KEY Visual Arts)
- One ~Kagayaku Kisetsu e~ (Tatics)
- Photo Kano (Enterbrain)
- Rewhrite (KEY Visual Arts)
- School Days (Overflow)
- Shuffle! (Navel)
- Tsukihime (Type-Moon)
- Ushinawareta Mirai wo Motomete (Trumple)
Bom, o artigo de hoje ficou meio grandinho, mas na próxima oportunidade que eu falar de Visual-Novels, vou tentar garimpar o máximo que eu conseguir e trazer a vocês alguns títulos bem conhecidos (só não garanto que eu vou jogar). Nos comentários, deixem sugestões e dicas de visual-novels também!
Artigo elaborado através de pesquisas no Wikipedia, MyAnimeList e no próprio site Anime Xis.
– E ai, o que acha? Já jogou alguma Visual-Novel antes? Já assistiu algum anime baseado nelas? Compartilhe com os amigos e deixe seu comentário aqui pra gente!