Kowarekake No Orgel, originalmente “こわれかけのオルゴール”, também conhecido como Half-Broken Music Box (Caixinha De Música Meio Quebrada) é um anime originalmente de produção independente que foi lançado como episódio único, produzido pelo estúdio ElectromagneticWave.
Apesar de considerado uma série (um anime), por ser de episódio único causa muita controvérsia nesta parte, pessoas querendo chamar de OVA e outras querendo chamar de Filme, mas de qualquer forma o doujin foi lançado oficialmente em dezembro de 2008, ganhou o formato anime em 31 de dezembro de 2009 e um OVA de quase 8 minutos em 2010. Inclusive é possivel acompanhar a página oficial de Kowarekake No Orgel.
Basicamente o anime mostra a vida de Keiichiro, um rapaz que perdeu sua família em um acidente e sentindo-se culpado abandonou a banda a qual fazia parte. A história se passa em 2039 onde android auxiliares conhecidos como parents são comuns. Um dia ele encontra a uma android abandonada e aparentemente quebrada, a qual leva para casa sem muito compromisso. Após descobrir que não tinha concerto por ser um modelo antigo, pensa em descartá-la, mas o despertar inesperado da android traz uma reviravolta na vida daquele garoto sem sonhos.
Apesar da ideia geral parecer ser bem clichê, a história supera as espectativas e é ALTAMENTE recomendado, principalmente para quem gosta de curtas.
Atenção: A partir daqui poderá conter spoilers, portanto se ainda não assistiu o anime, é melhor fazê-lo antes de ler.
De cara o anime já desperta interesse pela imagem de divulgação, para quem assistiu Clannad, com certeza esta imagem trará lembranças da menina que morava no “lugar nenhum”.
No início parecia que seria mais um Chobits ao ver Keiichiro encontrando uma android abandonada no lixo (e neste momento você pensa seriamente em pausar e abandonar o anime), não faça isso!
Ela acorda (no lixo dele) e anda pela casa (na verdade a casa toda é um lixo) e qualquer um poderia pensar “corre desse lugar garota, ou tu vai ter que limpar essa zona toda”, mas ela nem sequer comenta sobre a bagunça, simplesmente vai para a cozinha e faz o café-da-manhã (como se fosse algo absolutamente normal fazer o café sendo que nem sabe onde está).
A criatividade dele para dar um nome a ela foi nula, olhou para o girassol e disse – Flower. A partir dai os dois começam a conviver, o que não é nada fácil, já que ela não tem uma boa memória e ele não demonstra estar a fim de criar um elo.
Uma cena inapropriada (tanto quanto a cena dela limpando o quarto dele), mas que faz soltar uma risada é o momento em que eles vão para a sauna e a Flower abre a porta em um momento totalmente inportuno.
Outra cena que chama a atenção é o momento em que ela bate a cabeça no computador e o mesmo acende com uma imagem, deixando um pequeno clima de suspense e desperta a curiosidade.
Por fim o enredo toma um ar melancólico. Ela começa a fazer um diário, o qual foi dado por Keiichiro para caso não se lembre das coisas que vivenciou e aprendeu. Na escola a qual ela começa a frequentar finalmente é levantado o tema porque seu “dono” é tão estranho. O bonito desta parte é quando ao ver que alguém colocou um papel escrito “lixo” na Flower, Keiichiro retira-o sem dizer nada, como para protegê-la. Logo é mostrado a família que ele tinha e um parceiro de banda, o qual tenta traze-lo de volta ao mundo da música.
É no meio disso que entra o OVA, o qual na verdade é apenas um spin-off feito do meio tempo de aprendizado da Flower para conseguir fazer as compras. Lá ela conhece outra parents, Ichimaru, com muita energia tomando conta da loja de vegetais que costumava ser responsabilidade de um senhor. Logo aparece a Iris, uma android já apresentada no anime original. Ali ambas criam espectativas de que Flower conseguiria finalmente memorizar algo, mas as esperanças foram “ralo abaixo” rapidamente.
Logo vem o mal esperado, em meio a tentativa da Flower de cantar para o Keiichiro, quando ela finalmente está pronta, seu sistema torna a quebrar. Confesso que era algo esperado, mas se você já se envolveu na história neste momento seu coração se parte, principalmente quando ele começa a olhar o diário e bate aquele sentimento de “eu deveria ter feito mais por ela”.
É ai que ele leva Flower para a praia que ela tanto queria e lá surge uma esperança “ela conseguiu cantar!”, então está tudo bem né? Ela vai voltar a ficar bem, não é mesmo? NÃO!
Quando começou a mostrar que o início do anime era o final nota-se que algo estava errado. No momento em que ele aparece com a caixinha de música na mão e diz – Cante comigo. – Pronto! Está feito a saga das lágrimas em curtas.
É quando desperta na mente a imagem do início, em que a página do diário sobre o mar era nada mais, nada menos que a última.
Ainda fica aquele dúvida do “eu não quero acreditar nisso, não pode ser, ela está bem”, mas quando os creditos terminam a imagem de encerramento faz questão de deixar bem claro para todos que tinham ficado na dúvida.
Os pontos fortes do anime são: em nenhum momento ela pensa que vai “morrer”, somente tem medo de ser abandonada novamente e por isso quer estar “para sempre com Keiichiro”, mas só de vê-la dizendo tanto estas palavras logo imaginamos que isso não aconteceria por algum motivo e a escolha de contar a história por meio do diário também é interessante, além do final emocionante.
Os pontos fracos foram: principalmente o fato de a personagem ser tão infantil e poderiam ter explorado o sentimento que levou Keiichiro a tocar novamente após a “morte” de Flower.
Kowarekake no Orgel ganhou meu 9 no MyAnimeList, afinal de contas, eu adoro curtas e séries que mexem com meus sentimentos.
O manga conta esta história de uma forma bem diferente e comentarei em breve! Fiquem ligados.
- Para você o que mais marcou nesta história? Kowarekake no Orgel deixará saudades? Queremos saber sua opinião!
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