Olá pessoas, como estão? O Artigo de hoje resolvi escrever pensando em alguns animes que estão no ar nesta Temporada de Inverno 2018, tendo crianças como carro-chefe neles. É claro que isso são apenas reflexões do que eu acho e você tem todo direito de não concordar. Desfrute do artigo como um mero passatempo e não deixe de comentar no final. Divirta-se!
Eu vou começar com uma pergunta: Fazíamos tanto tempo assim que nós não assistíamos alguns animes onde você tinha personagens crianças que agiam como crianças mesmo, sem colocar alguma responsabilidade importante do tipo “salvar o mundo” nelas para o desenrolar do enredo?
Bom, talvez seja impressão minha que nos animes que apareciam crianças como personagens principais ou coadjuvantes das histórias, elas sempre carregavam alguma responsabilidade de ajudar para que a história tivesse final feliz… ou trágico. Pode ser também impressão de que finalmente colocaram no ar alguns animes em que você tem crianças agindo como elas mesmo, sendo crianças, sem precisar carregar responsabilidades, poderes sobrenaturais, serem torturadas ou colocadas em situações de risco e, principalmente serem sensualizadas com algum fanservice maldito atraindo os lolicons de plantão.
Para tentar desenvolver o raciocínio nisso que eu citei, vou fixar em quatro animes desta Temporada de Inverno 2018 que estou acompanhando, claro que poderia citar outras series exibidas em temporadas passadas de anos anteriores, mas falar dos dessa aqui que chamou a atenção para isso.
Vamos começar pela creche da vovó cabeluda, digo digo, por Gakuen Babysitters. Uma série que, embora o protagonista e seus amigos sejam adolescentes, eles tem que cuidar de uns bebes meio irados em uma creche da escola que eles estudam. Se você for pegar pra ver, não é grande coisa o enredo, mas assistindo o anime -e para quem leu o mangá- tem aquele ponto da história tocante como quando uma criança pequena sente falta de alguém ou então quando elas tem algum sonho e é dificil de se realizar. São coisas simples que acabam deixando o episódio tão marcante, a ponto de nem os jovens que cuidam das crianças conseguem entender.
Aqui eu vou citar dois animes que podem parecer fugirem um pouco disso, Ryuuou no Oshigoto! e Karakai Jouzu no Takagi-san. O motivo talvez seja pelos personagens desses animes não agirem tanto como crianças em algumas situações.
No caso do primeiro, você tem uma criança que só parece que deixa de agir como criança na hora que está jogando shogi seriamente contra adversários mais velhos e aparentemente melhores. Ainda sim, a personagem Ai que é uma das protagonistas e as outras meninas que aparecem com ela, agem como crianças curiosas que tem vontade de aprender sobre o jogo (embora em algumas situações, acontecem coisas meio forçadas que fogem do “normal”). Agora, o que eu acho meio desnecessário e, assim como todo anime que você tem garotinhas na casa de um protagonista masculino, é que em alguma ocasião algo completamente inexplicável acontece, parecendo um harém de lolis. Sim, neste caso eles iam colocar algum fanservice querendo ou não:
Só um detalhe: A light-novel original Ryuuou no Oshigoto na qual o anime é adaptado, venceu o prêmio Kono Light-Novel ga Sugoi, como a melhor light-novel de 2016, batendo séries consagradas como Oregairu (até então 3x seguidas vencedora do prêmio), Sword Art Online, DanMachi e Toaru Majutsu no Index.
Já o anime Karakai Jouzu no Takagi-san, assim como o seu mangá original, traz crianças já não tão crianças como diria meu amigo Mister Gil, devido à algumas atitudes que os personagens tem.
Pode parecer algo mais como um romance platônico com jovens entrando na adolescência por causa de algumas falas e expressões, mas ainda são crianças e o que deixa isso mais expressivo são as brincadeiras que o Nishikata tenta fazer para pegar a Takagi, mas no fim é ele que se dá mal. Talvez o mais correto a se dizer é que esse anime coloca os personagens em um meio-termo entre a inocência de ser criança e a chegada da fase adolescente. Esse deve ser o motivo de que o mangá original já havia conquistado públicos de todas as idades que gostam desse tipo de histórias.
O mangá original Karakai Jouzu no Takagi-san foi nomeado para o 10º Prêmio Mangá Taisho em 2017. O autor Sōichirō Yamamoto está lançando desde o ano passado um mangá intitulado Karakai Jouzu no (Motto) Takagi-san, que mostra a Takagi adulta casada com o Nishikata e a primeira filha do casal.
Bom, mas para mim, o que mais representa o termo “crianças sendo crianças” é o anime Mitsuboshi Colors (que o nome mais parece marca e modelo de televisão). As personagens Yui, Kotoha e Sacchan fazem as coisas mais alopradas para “manter a paz” no Parque Ueno.
Como eu citei no primeiro artigo De Quinta deste ano, estas pestes dessas garotinhas me fazem esperar a semana toda para assistir mais um episódio de suas traquinagens pela cidade. A série não tem aquele humor forçado, sendo o que deixa o anime bom é realmente o jeito de cada uma das garotas e o jeito que elas conversam com as outras pessoas da cidade que elas moram. Simplesmente crianças sendo crianças normais, mas com alguns acontecimentos fora do normal.
A Crônica:
A gente sabe que quando o assunto é protagonizar crianças em animações, até hoje quem dá de lavada nos outros países são as produções norte-americanas. Nos animes ainda temos algumas coisas populares como Doraemon, Cardcaptor Sakura, Pokémon, Digimon, entre outros, onde tem crianças, mas geralmente tem alguma coisa de responsabilidade por trás do enredo.
O que eu, particularmente sentia falta em animes que tem crianças sendo o carro-chefe da coisa, é o lado mais inocente sem tantas responsabilidades como, por exemplo, Non Non Biyori, Minami-ke e Azumanga Daioh. Nos dois primeiros citados você tem personagens crianças que, embora tem envolvimento direto com outros protagonistas já na adolescência, ainda sim age como criança (vai me dizer que você não adorava ver as cenas em que aparecia a Ren-chon em Non Non Biyori interagindo com as outras personagens).
Já em Azumanga Daioh, a personagem Chiyo-chan foi feita para ser colocada em situação um tanto fora do comum, já que era uma garotinha de 10 anos super-dotada em uma classe de colegiais com outras garotas atrapalhadas e professores aloprados. Embora ela agia uma criança e tinha uma certa responsabilidade de se sobressair nos estudos, era tratada de igual com as colegas mais velhas e muitas vezes… sofria com isso.
O legal dessas obras é o fato de que elas conquistam seus respectivos públicos, muitas vezes em sentido de nostalgia trazida pela inocência… e algumas traquinagens das crianças. Talvez, com tantas séries de enredos semelhantes e personagens de personalidades estereotipados, nós que já estamos ficando mais velinhos (digo por mim mesmo e pra geração anos 80/90) precisávamos um pouquinho disso.
É isso ai pessoas, espero que vocês tenham gostado (e não gostado) do artigo de hoje e eu volto em breve com um novo artigo De Quinta, aqui no Anime Xis!
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