Japão: 3 administradores do site de sanguessuga “Haruka Yume no Ato” são condenados

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O Tribunal Distrital de Osaka condenou três administradores do site de sanguessuga “Haruka Yume no Ato” acusado de violação de direitos autorais na quinta-feira (17/01). Os três homens receberam três sentenças diferentes: três anos e seis meses, três anos e, dois anos e quatro meses, todos sem sentenças suspensas (ou seja, sem Habeas-Corpus, semi-aberto, etc., seguindo as leis japonesas de encarceramento).

Em Outubro de 2017, nove departamentos de polícia das províncias do Japão trabalharam juntos e prenderam nove suspeitos por violar a Lei de Direitos Autorais no site “Haruka Yume no Ato”, um dos maiores sites de sanguessuga (sites que agregam e fornecem hiperlinks para sites de mídias pirateadas) no Japão. Enquanto o site em si não era ilegal sob a lei atual, os operadores foram presos por distribuir as mídias piratas para a qual o site forneceu links. As editoras Kadokawa, Kodansha, Shueisha, Shogakukan, Square Enix e Hakusensha trabalharam juntas no caso.

A Associação de Direitos Autorais para Software de Computador estimou que o site “Haruka Yume no Ato” causou 73,1 bilhões de ienes (cerca de US$ 640 milhões) em danos por perdas de vendas.

Mainichi Shimbun informou em Abril de 2018 que o governo japonês estava planejando apresentar um projeto de lei à Diet para restringir os sites de sanguessugas. No mesmo mês, o governo pediu que os provedores de serviços de internet bloqueassem voluntariamente sites que hospedavam conteúdo pirateado. O governo supostamente planeja criar nova legislação para expandir o escopo do bloqueio de sites em 2019.

Nippon Telegraph and Telephone Corporation (NTT) atendeu ao bloqueio de três sites com conteúdo pirateado. No entanto, um advogado da prefeitura de Saitama entrou com um processo contra a empresa pelo bloqueio, alegando que a medida foi uma violação da Lei de Negócios de Telecomunicações, que afirma: “Nenhuma comunicação sendo manipulada por uma operadora de telecomunicações será censurada”.

KAREN: SAIA DO MEU CAMINHO PETER PAN-SAN, QUERO ASSISTIR O PRÓXIMO EPISÓDIO DO MEU ANIME PREFERIDO (IMAGEM ILUSTRATIVA / ANIME: KINIRO MOSAIC)

O governo planeja usar o argumento de que conteúdo pirateado prejudica editores e criadores de conteúdo e que o bloqueio de sites seria permitido pelo artigo “evitar perigo presente” do Código Penal do Japão.

A Associação de Distribuição Internacional de Conteúdo do Japão (CODA) afirmou ao governo que entre Setembro de 2017 e Fevereiro, a pirataria infligiu um valor estimado de mais de 400 bilhões de ienes (cerca de US$ 3,72 bilhões) em danos aos detentores de direitos autorais no Japão.


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Rize: Estamos de olho aonde você anda assistindo aos seus animes. (Anime: Gochuumon wa Usagi desu-ka?)

Como eu disse na matéria anterior sobre esse assunto, se a pirataria vai ter fim, já não tem como sabermos. Vale lembrar que recentemente tivemos algumas ações vindas por parte do grupo NTT e o Comitê Anti-Pirataria japonês em alguns sites hospedados no ocidente como Anitube, Mangamura, MioMio, entre outros e, que tinham muitos acessos vindos por internautas do próprio Japão. Alguns sites foram descontinuados de vez, mas aqui do Brasil teve o efeito de “fechou 1, abriu 2 ou mais”.

Talvez outra coisa que poderia ajudar  é o governo japonês se tornar um pouco mais flexível em alguns pontos e tentar tirar aquela faixada de que obras do Japão são produzidas para japoneses. Embora hoje se tornou comum a vinda de obras originais como mangás, novels, games e licenças de animes em sites de streaming legais e mais recentemente na TV, por outro lado, ainda é algo bem pequeno perto de muitas coisas que estão presentes nos sites alternativos e não tem nos sites legais como, por exemplo, muitos filmes e várias séries mais antigas que fizeram sucesso.

Vamos ficar de olho e ver o que vai rolar nesses próximos movimentos que serão feitos lá no Japão e o que pode mudar aqui no ocidente, principalmente aqui no Brasil.


Por enquanto isso é tudo, mas a nossa central de animes continuará atenta para novidades.

Fonte: Kodansha, Animation Business

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