Pesquisa mostra a Condições de trabalho na Indústria de Animes

A Japan Animation Creators Association divulgou os resultados de um recente estudo sobre as condições de trabalho na indústria de animes.

Cerca de 1.500 pessoas receberam questionários, desses apenas 382 respostas chegaram a associação onde 57,6% eram homens e 41,4% mulheres. A média de idade foi de 39 anos sendo 97,6% cidadãos japoneses que em média tinham 16 anos de experiencia no mercado de animes.

A NHK informou que as principais perguntas do questionário foram sobre os salários, horas trabalhadas e folgas.

Pelo que li, algumas informações nessa pesquisa sugerem que as coisas mesmo que minimamente melhoraram para quem trabalha diretamente com esse mercado, indo um pouco contra as informações recentes de que a industria parece mais explorar de forma arbitrária seus trabalhadores, mas temos que levar em consideração a quantidade de pessoas que retornaram a pesquisa a Japan Animation Creators Association, 382 de 1.500 é muito pouco para uma confirmação real o que podemos supor que uma parcela desses que não retornaram não estão satisfeitos a ponto de não querer dividir o que pensam(?), mas isso é um pensamento deste que vos escreve.

Abaixo vocês podem conferir as respostas e alguns comparativos com pesquisas feitas em outros momentos:

Top 05 Anime Projetos(Para onde são escalados)

  1. Séries de TV – 78,8 % (88,4 % em 2015)
  2. Longas-metragens /Filmes de anime – 54,2 % (44,7 % em 2015)
  3. Videogames – 23,8 % (44,1 % em 2015)
  4. Anúncios – 14,4 % (12,4 % em 2015)
  5. Vídeos promocionais (clips / PV) – 11,5% (12,7% em 2017)
  6. Vídeos / DVD – 11 % (30,2 % em 2015)
  7. Especiais de TV – 10,5% (11,9% em 2015)

 Os cinco principais lugares onde esses trabalhadores vivem:

  1. Tóquio – 76,2 %
  2. Kanto (fora de Tóquio) – 12,3 %
  3. Kansai (Osaka, Kyoto, Kobe, etc) – 4,5 %
  4. Kyushu – 1,6 %
  5. Chubu (Japão Central) – 1,6 %
  6. Região de Chugoku (Hiroshima, Shimane, Tottori, etc) – 1 %

Salário Anual Médio – 4.408.000 ienes ou 40.000 dólares (3.328.000 ienes ou 30.000 dólares em 2015; 2.552.000 ienes ou 23.000 dólares em 2009).

Abaixo esses números por média de idade:

20 a 24 anos: 14.000 dólares ( 11.000 dólares em 2015; média nacional para essa idade 24.000 dólares)
Idades 25-29:  22.000 dólares (21.000 dólares em 2015; a média nacional é de 33.000 dólares)
Idades de 30 a 34 anos: 33.000 dólares (29.000 dólares em 2015; a média nacional é 37.000 dólares)
Idades 35-39: 46.000 dólares (34.000 dólares em 2015; a média nacional é de 40.000 dólares)
Idades 40-44: 47.000 dólares (40.000 dólares em 2015; a média nacional é de 42.000 dólares)
Idades 45-49: 48.000 dólares (45.000 dólares  em 2015; a média nacional é de 45.000 dólares)

A Média de horas trabalhadas (diariamente)

9,66 horas (11,03 horas em 2015; 10,5 horas em 2009)
Menos de 8 horas – 33,7 %
Entre 8 e 10 horas – 37,7 %
Entre 10 e 12 horas – 20,9 %
Entre 12 e 14 horas – 4,5%
Entre 14 e 16 horas – 2,4%
Mais de 16 horas – 0,5 %
Nenhuma resposta – 0,3 horas

Média de Horas Trabalhadas (por mês) – 230,97 horas (262,6 em 2015; aproximadamente 273 horas em 2009)

Número médio de dias de folga (por mês) – 5,4 dias (4,63 dias em 2015; 4,01 dias em 2009; 3,7 dias em 2005)

4 dias de folga – 23,9%
8 dias de folga – 22,9 %
6 a 7 dias de folga – 18,9 %
5 dias de folga – 16,9 %
Menos de 3 dias de folga – 16,9 %
Sem resposta – 0,6 %

Tipo de emprego:

Freelance – 50,5 % (37,7 % em 2015)
Autônomos – 19,1 % (14,9 %em 2015)
Empregado da empresa – 14,7 por cento (15,5 %em 2015)
Empregado contratado – 6% (23,1% em 2015)
Outros – 4,5% (4,5% em 2015)
Sem resposta – 2,6 por cento (0 %em 2015)
Executivo da Companhia – 2,1% (1,1% em 2015)
Tempo Parcial – 0,5 por cento (0,7 %em 2015)
Funcionários temporários – 0% (0,3% em 2015)

Local de trabalho:

Na Empresa de Produção – 68,3% (90,6% em 2015)
Em Casa – 27,2 % (7,1 por cento em 2015)
Outros – 3,9% (2% em 2015)
Sem resposta – 0,5 % (0 %em 2015)

Dos entrevistados, 63,4% disseram que queriam continuar trabalhando na indústria de anime o máximo que pudessem.

Em meio a tantas questões, 7,1% deles não pensaram ainda sobre o que fariam após a vida de animador, enquanto 6 % disseram que gostariam de trabalhar na indústria por até dois anos e depois encontrar outra linha de trabalho. Da mesma forma, 5,5% disseram que gostariam de conseguir outro emprego nos próximos cinco a dez anos, enquanto 4,5% disseram que gostariam de conseguir um nos próximos dois a cinco anos.

Fonte:  Kotaku.

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