E o Japão vai mais uma vez tentar fechar o cerco. O parlamento do Japão promulgou na sexta-feira (05/06) a lei de direitos autorais revisada proposta para expandir a lei atual e punir aqueles que, conscientemente, baixam mangás, revistas e trabalhos acadêmicos carregados ilegalmente ou pirateados. A lei revisada entrará em vigor em 1º de Janeiro 2021. A revisão também proíbe “sites sanguessugas” que agregam e fornecem links para mídia pirateada a partir de 1º de Outubro.
Uma reunião do gabinete japonês aprovou o projeto de lei em 10 de Março. Anteriormente, a lei de direitos autorais formalizava a punição por downloads de músicas e vídeos enviados ilegalmente, bem como envios ilegais de todos os materiais.
A revisão ainda permitirá o download de “poucos quadros” de um mangá de várias dezenas de páginas ou mais, ou a publicação de fotografias onde o mangá não é o foco da foto (por exemplo, aparecendo em reflexões). A revisão também não punirá as pessoas que baixarem trabalhos derivados (como doujins ou fanfics) ou paródias.
As penas para quem for pego e comprovado que fez downloads ilegais no Japão serão de até dois anos de prisão ou uma multa máxima de 2 milhões de ienes (cerca de US$ 18.274,00), ou ambos. As multas para aqueles que operam sites de sanguessuga incluem até cinco anos de prisão ou uma multa máxima de 5 milhões de ienes (cerca de US$ 45.686,00), ou ambos.
Também será proibido colar links para sites ilegais em quadros de mensagens anônimas ou criar “aplicativos sanguessugas”.
Um subcomitê da Agência de Assuntos Culturais do Japão concordou com um plano em Fevereiro de 2019 para criar leis abrangentes que proíbem a prática de baixar conscientemente todas as mídias ilegais da Internet. No entanto, esse plano causou preocupações quando os críticos argumentaram que as regulamentações mais rígidas seriam muito amplas e dificultariam a liberdade de expressão dos usuários da Internet. A Agência de Assuntos Culturais revelou o esboço de um plano, que continha exceções para capturas de tela, a um painel de especialistas em 27 de Novembro para discutir as mudanças propostas.
Por enquanto isso é tudo e a nossa central de animes continuará atenta para novidades.
Fonte: The Mainichi Shimbun, Otakomu via ANN
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